Todo reencontro é repleto de expectativas, a gente se sente esperando alguma coisa que nem sabe o que é.
Quando o reencontro é depois de muitos anos, então a situação é bem mais delicada, porque devido à ausência a gente não sabe o tanto de coisas que já aconteceram e menos ainda o tamanho das feridas que ficaram.
A parte boa de tudo isso é que você tem a remota chance de pelo menos uma vez na vida tentar consertar as coisas erradas que você já fez; tentar esclarecer histórias que até então estavam encobertas, e que com o véu do tempo além de enferrujarem, ainda juntaram muita poeira.
Esse momento é um momento onde você sempre lembra daquelas situações sórdidas, como o chiclete grudado no cabelo, um momento de bebedeira e alguém escondido embaixo da mesa... Você lembra da galera reunida, de todas as discussões; infelizmente também tem que lembrar das coisas erradas que fez, das pessoas que magoou, das palavras sinceras que você nunca falou.
O reencontro é uma chance única de conseguir fazer as pazes, não com o outro, mas com você mesmo, é o momento do auto-perdão, onde você simplesmente consegue entender que coisas aconteceram porque foram escolhas, escolhas que exigem responsabilidades e que com toda certeza te ensinaram bastante, e me ensinaram também...
Quando a gente reencontra um amigo, é aquela sensação de encontrar aquela caneta macia que estava guardada dentro do guarda-roupa; é achar aquela roupa linda que você usou umas duas vezes e nem lembrava que ela ainda fica perfeita no seu corpo... Reencontrar um amigo é reafirmar os laços que um dia existiram e que talvez por infantilidade, falta de experiência e muitas vezes até falta de compreensão, nós deixamos enfraquecer.
Reencontrar um amigo é saber que tudo que passou não voltará, mas é ter na lembrança que nada daquilo foi em vão!
Reencontros sempre são produtivos. Eles nos mostram como Deus é sempre misericordioso e às vezes, nos livra de situações as quais não saberíamos lidar...
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