Esse é um texto especial,
sobre uma máquina do tempo.
O que seria o tempo, além de
uma ferramenta?
Parece tão óbvio... E
quantas pessoas vivem somente em função do tempo? Do tempo que gostariam de ter
ou até mesmo do tempo que perderam.
Pergunto-me se o tempo
verdadeiramente existe?
Imaginando que fosse
possível e acessível montar uma máquina do tempo, o que você desejaria do fundo
do seu coração que pudesse ser mudado com o tempo, seja com a sua antecipação
ou com a repetição?
Faço-me essa pergunta e
honestamente digo que mudaria uma série de coisas sim, que tentaria melhorar
algumas situações não muito bem resolvidas e quem sabe daria uma espiadela no
futuro, que na minha humilde simplicidade me fascina constantemente.
Imagino como seria vivenciar os momentos bons constantemente, estar com amigos queridos, pessoas que
ainda fazem muita falta, aproveitar as melhores risadas que já dei em minha
vida, dar aquele abraço apertado o beijo economizado, falar o que a garganta
travou, ousar como quem não tem medo de nada.
Uma máquina do tempo poderia
me trazer essas possibilidade e tornar todos os meus dias imensamente felizes e
eu poderia sentir na pele o que é ser verdadeiramente feliz todos os dias da
minha vida.
Isso porque com toda vaidade
que eu possuo eu me proibiria de vivenciar momentos ruins, de ter perdas
significativas em minha família, eu jamais permitiria que meus amigos se
afastassem e não deixaria que as coisas ruins acontecessem nem comigo nem com
eles.
Se isso fosse possível eu
pularia todos os momentos de dor e de lágrimas que já tive, me pouparia das
palavras duras, dos tombos pelo caminho e das dificuldades. Vivenciaria somente
o que a vida pode oferecer de melhor.
Eu verdadeiramente espero
que um dia essa máquina seja efetivamente concretizada, enquanto isso não
ocorre, sem querer obviamente duvidar das possibilidades tecnológicas, físicas
e químicas existentes em nosso planeta, eu prefiro pensar que tudo que
vivenciei valeu a pena, que cada lágrima que deixei cair teve um significado
verdadeiro, que cada dor me tornou mais forte, que os amigos que me deixaram
não mereciam minha consideração, que sofri por falta de maturidade, mas aprendi
a sobreviver nessa selva de sentimentos.
Não há quem não mudaria
coisas do passado ou do futuro, mas enquanto isso não é possível aproveito meu
presente como dádiva, lembrando que como não dá pra mudar o que eu fiz nem pra
adiantar o que está por vir, o melhor é fazer com perfeição agora e esperar que
eu colha os frutos da minha semeadura de hoje!
Em homenagem a Fagner Bob,
por ter comigo uma ótima discussão sobre as possibilidades do tempo, de seus
desdobramentos e a criação da máquina do tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário