sábado, 12 de março de 2011

O céu é o limite...

Em determinados momentos da vida, começamos a achar que todos os dias são iguais, mas hoje eu entendi um pouquinho mais sobre esse pensamento...
Achar que os dias são iguais quer dizer que nós nos focamos apenas em determinadas coisas, olhamos e pensamos a mesma coisa por várias vezes, algumas pessoas até por vários anos. Dependendo da pessoa, até se faz necessário que seja assim, porque precisam mesmo revivenciar determinadas situações até que aprendam alguma coisa...
Esse não foi o meu caso!
Hoje, fazendo uma viagem curta da minha cidade até a cidade vizinha, comecei por perceber coisas interessantes: o ar batendo no meu rosto, me causando uma maravilhosa sensação de liberdade. Isso me fez lembrar o quanto eu amo e necessito ser livre! Observei atentamente as nuvens que estavam à minha frente... Lindas, por sinal, me mostrando que embora escuras, demoraria um tempo ainda pra chover. Lembrei de inúmeras vezes em que, sempre na companhia de pessoas especiais, brinquei de imaginar desenhos em nuvens... E como essa sensação era boa! Olhei as árvores no caminho e vi, entre uma tal de “farinha seca” (pelo menos era esse o nome que aprendi na oitava série), haviam inúmeros bacuris. Nesse momento senti saudades... Senti que o vento que batia no meu rosto me transportava aos meus quinze anos, época em que muitas vezes fui para uma pousada com esse mesmo nome. E onde eu acampava e me divertia nadando no rio e dormindo na rede, momentos que eu fiz questão de reviver com imenso prazer...
Vi placas pedindo para eu andar a 80 km/h, mas que com toda a minha rebeldia não respeitei... Vi um monte de caminhões passando por mim... Fez-me lembrar exatamente quando eu andava na rodovia em outra ocasião, com um tempo apertado pra chegar na supervisão, pra encontrar colegas, revisar prontuários de pacientes e também encontrar amigos... Lembrei que nem sempre o tempo estava bonito e que nem toda vez eu sentia o sol nos meus olhos. Às vezes de tanta teimosia era debaixo de chuva mesmo que eu ia embora...
Lembrei de pessoas importantes, lembrei daquelas que hoje eu nem converso mais... Mas que um dia andaram comigo e sentiram essa mesma liberdade que eu senti nesse momento. Lembrei de todas as minhas responsabilidades e por um minuto me senti fora desse mundo, simplesmente ouvindo a mim mesma e mais ninguém... Sentindo o vento em minha face, sentindo os cabelos voando, sentindo o vento passando por entre a blusa e a mochila que como sempre carrego nas costas...
Senti uma sensação única e mágica que parecia eterna... E que mesmo dirigindo eu estava ali, simplesmente lembrando e pensando em como tudo tinha realmente valido a pena!
O que mais me surpreendeu é que quando eu me toquei só haviam passado dez míseros minutos e então eu cheguei!

Um comentário:

  1. O pensamento nos torna livres... Livres para voar. Voar até o infinito, ao céu, às nuvens, tirar o pé do chão, brincar de ciranda com as estrelas. Voar para o céu do nosso interior e encontrar lá o sentido da vida e da felicidade.

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