terça-feira, 27 de agosto de 2013

Psicólogos


Hoje, o texto da semana vem um pouco diferente em função de não estar criticando, nem colocando questões em discussão, nem por esclarecimento de nada e de nenhum fato específico.
Venho escrever sobre a psicologia, uma linda profissão que atualmente vem se destacando. Historicamente falando, consultar um psicólogo já foi considerado “coisa de madame”, frescura, falta do que fazer e tantos outros nomes que, infelizmente se contradizem à verdadeira forma que o trabalho da psicologia e do psicólogo tem na vida das pessoas.
Eu, particularmente, vivo de psicologia, tenho nessa profissão minha maior e melhor realização. Não espero reconhecimento algum por ser psicóloga e lembro-me bem, que na época da faculdade, uma professora muito querida dizia mais ou menos o seguinte: que  o trabalho do psicólogo  não é pra ser objeto de envaidecimento, nem de reconhecimento escancarado, mas para atender  única e particularmente o indivíduo que, por sua vez, teve a coragem de procurar ajuda para olhar com mais atenção as suas próprias necessidades. O terapeuta que, por sua vez, esperar reconhecimento, admiração, gratificação e ampla divulgação de seus dotes terapêuticos deve, por força maior, buscar outra profissão.
O trabalho que desenvolvemos com o paciente tem a finalidade única de melhorar a sua qualidade de vida dentro do que o próprio paciente julgar ser pertinente e apropriado para sua vivência na coletividade, na família e em seu trabalho. Não venho como profissional te dar uma receita milagrosa e nem solucionar com mágica ou qualquer outro tipo de manipulação misteriosa os seus problemas ou suas dificuldades, mas tenho como compromisso ajudá-lo no direcionamento constante para os melhores caminhos escolhidos por você mesmo, com o compromisso do seu próprio livre-arbítrio.
Esse não é um trabalho rápido, nem é pouco cansativo, sofremos demasiadamente a todo o momento, inúmeras situações nos assolam com frequência, desenvolvemos uma série de papéis em nosso dia-a-dia, temos que nos fazer em mil para dar conta do recado e por esse e por outros motivos temos o direito e de certa forma, a necessidade de olhar atentamente para as nossas próprias situações internas, para os nossos problemas, para as nossas dificuldades, reconhecendo em nós mesmo que somos falíveis, que somo de carne e osso e que nossa mente também se cansa, ela é como um músculo que chega, sim, à exaustão e que, assim como os demais, precisa descansar e  aliviar-se.
No dia 27 de agosto comemoramos o dia do psicólogo, mas essas felicitações devem ir de encontro não só com o terapeuta que estudou e se graduou nessa profissão, mas a cada paciente, a cada cliente que, por uma vida melhor, por uma saúde mental de qualidade e acima de tudo, por muito amor próprio, reconheceu e procurou a ajuda de um psicólogo para falar sobre seus problemas; para cada indivíduo que leva seus filhos para a terapia, esperando que estes sejam melhores em suas lutas futuras; para cada funcionário que atua auxiliando as agendas, as filas de espera; para cada um que, de maneira geral, consegue colaborar para que essa profissão seja divulgada, para que o trabalho seja reconhecido e, finalizando, desejo mais felicitações ainda para cada uma das pessoas que já passaram pelo processo de terapia ou de análise e que hoje conseguem entender e levar uma vida com mais qualidade.
Obrigada a todos os meus pacientes, as minhas secretárias, aos meus amigos psicólogos, meus amigos não psicólogos que me aguentam com a psicóloga na janela, aos meus professores e que essa comemoração se estenda a todos que enxergam na psicologia um bálsamo para suas almas aflitas.


Rafaela Costa - Psicóloga

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