quinta-feira, 4 de abril de 2013



Eu venho sentindo muitas coisas contraditórias, pensando muito sobre uma série de temas dos quais eu não tenho interesse nenhum em resolver. Talvez faça isso já na intenção de não ter que pensar no que realmente é preciso.
Sinto grandes empurrões para situações as quais não tenho a minima vontade de estar ou de resolver e fico me questionando os tão famosos porquês das pessoas sentirem tamanha dificuldade em aceitar as escolhas dos outros. Ouço constantemente que a finalidade de qualquer tipo de relação é manter a harmonia, aceitar o outro como ele é. Até aí, lindo, mas quando estamos lá, no campo de batalha, quando estamos sentindo nossas emoções e  sentimentos fluírem e percebemos o fluxo de sangue correndo em nossas veias, realmente aceitamos as escolhas dos outros? Compreendemos que o outro tem suas próprias vontades e necessidades? Temos resignação e aceitação pelas coisas que na verdade não nos favorecem?
O outro se difere de nós em tudo, mas fundamentalmente em suas escolhas, mas nós não aceitamos isso com naturalidade, tentamos justificar e argumentar, até mesmo porque acreditamos que tudo nesse mundo pode ser resolvido dessa forma, mas nessa hora, nesse momento específico, essa não é uma situação que necessita nem de justificativa e nem de argumentação. Escolher vai de acordo com os argumentos e justificativas internas de cada um, o que não obriga o outro a compreender isso e nem levar em consideração o que tão insistentemente queremos dizer, argumentar ou explicar.
As escolhas que não dependem de nós em sua maioria fogem do que chamamos de lógico e racional, ainda mais quando também não atendem nossos próprios desejos ou os desejos de uma segunda pessoa, mas por que não deixar de ficar tentando convencer o outro do que é melhor e do que é pior e simplesmente aceitar?!

Nenhum comentário:

Postar um comentário