quarta-feira, 3 de julho de 2013

Só que não...




Esse tal de quase deveria ser considerada uma desgraça na face da Terra, tão prejudicial quanto a esperança no meu ponto de vista.
Essa semana no meio de toda leitura inútil que eu tive, alguma coisa como sempre reluz no meio e imensidão de inutilidades, na verdade era um pequeno trecho sobre esse tal "quase".
Quase fazer alguma coisa, significa que não fez nada, quase sentir, quer dizer que não sente.
O quase é a maneira educada de dizer que uma coisa não deu certo, que algo não aconteceu e que não se sente feliz.
Muitas coisas em minha vida também quase deram certo, o que significa na moral da história que elas não deram, eu quase consegui várias coisas e quase alcancei alguns objetivos, mas dizendo tudo isso, dá pra perceber que o quase foi o pouco que faltou para que nada acontecesse!
Também me disseram que quase nunca eu me sinto feliz com os sentimentos, quase deve ter efeito de não, então eu nunca me sinto feliz mesmo, na verdade quase satisfeita significa que não estou satisfeita.
Estou cansada de quase chegar lá, de quase conseguir e de quase sentir...
Tudo isso é cansativo e monótono, eu não sei viver em conta gotas de afeto, nem se decidir pelas metades, não gosto de ser acaso e menos ainda por acaso, nem na sua vida e nem na vida de ninguém  eu quero tempo, quero atenção, quero dedicação, quase se importar para mim não serve, porque o quase não é nada... Quase deve ser considerado a tentativa que falhou, aquilo que não deu certo!
Minha vida não deu certo ou quase deu certo?
O que eu sinto agora, eu sinto mesmo ou eu quase estou sentindo?
Máscaras sentimentais sempre vem seguidas do quase, porque ele disfarça a situação, disfarça a frustração.
Eu não quase cometi erros, eu os cometi mesmo, eu não quase gostei, eu gostei mesmo, e não quase esperei, eu ainda espero.
Espero que você deixe esse quase de lado!
Conversei sobre isso ontem, porque eu escondo um dique cheio de sentimentos e não sei como seria caso essa barreira rompesse, será que você aguentaria ou quase?
Você nunca me pediu mais, você nunca quis mais, e o que eu faço com todo o resto? Isso quer dizer que eu não posso transbordar e nem posso te inundar de sentimentos porque você não precisa deles!


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Tanto faz...



Sinto que nesses últimos dias venho me sentindo mal, talvez uma doença um tanto quanto grave, estou sendo acometida da patologia do "tanto faz".
Me sinto esgotada por esperar, uma espera de nem sei o que, nem sei para que lugar e nem sei também de que jeito.
Sinto que falta alguma coisa, mesmo quando não deveria faltar nada!
O tanto faz, tem sintomas bem simples, a falta de interesse por situações diversas, sem ser generalista, mas infelizmente por todas, seguido de uma série de insatisfações internas com motivos variados.
Tudo me incomoda, tudo é desagradável e me causa  pensamentos do tipo "não deveria ter feito", seguido logicamente de "tanto faz".
Essa patologia se instala aos poucos, acredito que depois de seguidas frustrações e excesso de atividade mental por assuntos desnecessários ou de uma ordem que não é da minha conta.
Fico me perguntando, como me curar de tal insatisfação, que logo depois some por esse termo medonho de tanto faz!
Tanto faz estar aqui, como em outro lugar, tanto faz se vai ser roxo, amarelo ou quem sabe um vermelho, tanto faz se vou trabalhar até tarde ou se acabarei mais cedo hoje, tanto faz se hoje é sábado ou se é segunda feira.
Não sinto expectativa, nem sinto desejos, só não sinto nada... Mas também tanto faz, porque não vou usar nada disso!
Faço o que eu tenho que fazer com o mesmo ânimo quando não vou fazer nada, isso deve ser ruim, deito-me e levanto-me com a mesma animação, como se nada fosse ser acrescentado nem tirado, tanto faz, se está de dia ou se já anoiteceu, tanto faz se estou chegando em casa as sete ou a meia noite... Nada disso faz diferença.
Estou infectada pelo mal do tanto faz e ainda procuro como me curar dessa doença... Nem sempre me senti apática pelas situações, mas nesse momento só não encontrei qual seria os benefícios por decidir alguma coisa, ter esperanças ou expectativas, ainda não vi nesse novo momento nenhuma razão para sentir alguma coisa ou participar ativamente de uma situação!

Por enquanto, tanto faz!!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

E se você me perguntar, eu simplesmente vou responder



Houve algumas coisas que, embora eu não tenha te dito, ficaram presas em minha garganta e, por esse motivo, esse único motivo meu coração se sente apertado, me impossibilitando de dormir e de pensar com clareza em algumas coisas que eu acredito serem importantes.
Usei vários exemplos para te dizer sobre o que eu estava sentindo e, mais que isso, sobre o que eu sinto, a verdade é que você não entendeu nada, e nem era para entender...
Não tive a intenção verdadeira de explicar nada, isso porque eu simplesmente queria saber o que é que você está sentindo, o que você está pensando, como você está vendo tudo isso? Mostra-me sua ótica, seu jeito de ver, me deixa saber qual a tua impressão e tua interpretação dos fatos!
Você me questiona sempre para que não haja espaço pra que eu te pergunte as coisas, me sinto mal com tudo isso, embora, no decorrer de todos esses anos, nem posso considerar isso uma novidade. Ou será que você não é uma pessoa nova?
Uma pessoa nova, com novos projetos, com novas situações, mas que alimenta velhos hábitos?
Parece um tanto contraditório no meu modo de ver as coisas. Quando faço essa analogia sobre essa casa construída, eu sei que você entendeu muito bem o que eu quis dizer, sei que você entende de qual morada eu estou falando. Não menti quando disse que todas as construções que eu precisava fazer, eu as terminei, me diz agora como vão as tuas construções, quais são os móveis novos que você pretende colocar nessa casa, conta pra mim como está tua decoração agora, se é que ela muda!?
Não sinto pressa, não sinto dor, não sinto raiva, mas também não sinto nada... Por que eu não consigo sentir?
Depois de pensar muito sobre isso, percebi que a resposta realmente não é o que eu sinto, afinal de contas, eu não sinto nada novo, nem pra mim e nem pra você,pois esse não é um novo sentimento...
Diga-me quais são as novidades dos teus sentimentos, deixa eu me sentir envolvida por eles, porque até agora quem falou sempre fui eu.
Espero que essa situação de pensar em como os dias passaram com você ou sem você tenha sido verdadeiramente uma brincadeira de mau gosto e que você tenha se equivocado na forma de colocar as palavras. Mas ,caso ainda haja alguma dúvida a respeito de passar os dias com ou sem você, imagina que se pra mim eles não fizessem diferença, certamente eu não te amaria.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Sol e Lua



Um dia me falaram sobre todas as impossibilidades e incapacidades da união do sol com a lua.
Realmente, quando eu paro pra analisar a situação, fria e calculadamente, as impossibilidades realmente são grandes.
Parece mesmo impossível que o brilho da felicidade se concretize de imediato para esses astros do espaço que acabaram fadados ao distanciamento. Mesmo diante do maior sentimento do mundo cada um desses corpos espaciais vai seguir e cumprir seu destino na jornada da evolução.  Ainda assim, por mais que esse afeto entre ambos seja bonito e verdadeiro, existem compromissos preestabelecidos que dependem de ambos, onde nenhum deles desviaria sua rota por tal capricho. Então temos os momentos raros que são os eclipses e o próprio movimento de um em volta do outro. Eles não mudam as situações que cada um foi exposto e que nem os exime de tamanha responsabilidade, mas permite que por alguns instantes toda aquela energia seja reforçada por laços precisamente fortes.
Sol e Lua, amor impossível... Essa colocação já é um clichê...
Depois de toda essa historia e comparação o que realmente sabemos diz ser impossível a união dos dois e que, mesmo que eles se aproximem  muito, e que fiquem o mais próximo possível, ainda assim essa distancia será grande o bastante para os manter separados. Aparentemente eu poderia colocar uma relação nesses mesmos aspectos, ou quem sabe, comparar com alguma outra que eu conheça, mas não é esse o caso e por  esse e por alguns outros motivos, agradeci internamente pela minha pequenez, que me permite proezas bem mais realizáveis do que a união sol e lua.
Os grandes astros não podem fazer nada, mas eu posso! Não há gravidade que me segure, nem movimento que me impeça, não estou presa a nada e nem a ninguém, então por que colocar a situação como algo impossível e improvável?
Nós, aqui, enquanto criaturas, podemos e temos o direito de buscar a felicidade esteja onde ela estiver. Não há necessidade de nos contentarmos com migalhas e menos ainda de ficarmos esperando eclipses para que os amores sejam realizados e sonhos alcançados. Temos cada dia como um tempo precioso que pode ser direcionado na realização do que é necessário.
É um dever de todos nós tentarmos ser felizes, porque por mais difícil e inalcançável que algo ou alguma coisa se mostre, sempre estaremos mais próximos do que o sol e a lua, sempre teremos muito mais chances e oportunidades de tornarmos real e possível o que com tanto afeto guardamos em nós.
Ser feliz é a meta e de agora em diante a comparação sol e lua só me serve para pensar que pode ser que eles não se alcancem nunca, mas eu posso realizar e alcançar meus desejos! 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

O que nunca ouvi...





Antes eu pensava que eu tinha muitas coisas para te dizer, e me imaginava falando todas elas e descarregando essa possível “metralhadora de mágoas”, mas percebo num lapso de pensamento, a me tomar bem lá distante, consumindo quase que aos poucos a minha alma, que essa necessidade de te dizer algo nunca existiu. A máscara da necessidade de falar vem exatamente porque eu tenho medo de ouvir o que você pode me dizer, medo de saber que nada disso existe ou que numa hipótese ainda pior, que isso tudo nunca existiu.
Eu procuro falar e ter sempre a impressão, quem sabe talvez a “falsa impressão” de ter muitas coisas para te dizer, mas a verdade nua e crua se resume em todas, todas as coisas que você nunca me disse...
Não é verdade que eu queira te dizer algo, minha vontade se resume em uma única coisa: escutar sair da tua boca essas palavras amargas que você me nega, que sempre me negou e que vive na ilusão do “vamos conversar”, ou ainda do “vamos sentar e resolver isso”.
Depois de um tempo o que eu posso dizer é sobre tudo o que você nunca me disse e que você nunca fez, se bem que esse verbo fazer precisa ser melhor explicado: tudo que você nunca fez por nós. Sempre esperei que você me dissesse o mínimo de verdade possível a respeito das coisas, mas você me deixou sempre cair e levantar sozinha. Ninguém precisa de ajuda depois que já cicatrizaram as feridas. Imaginei que chegaria o momento onde finalmente eu deixaria de dizer e te escutaria, mas pra você sempre foi muito difícil ter que falar, ter que contar e mais que isso, ter que abrir de verdade o livro que decide se podemos continuar ou não.
Penso que diante de toda a sua ausência, omissão e falta de interesse fica claro seu posicionamento não só a esse respeito, mas sobre tantos outros dos quais ficaram lacunas profundas, esperando serem sanadas por uma presença que nunca teve, por uma conversa que nunca aconteceu e por um sentimento que nunca existiu!



Eu venho sentindo muitas coisas contraditórias, pensando muito sobre uma série de temas dos quais eu não tenho interesse nenhum em resolver. Talvez faça isso já na intenção de não ter que pensar no que realmente é preciso.
Sinto grandes empurrões para situações as quais não tenho a minima vontade de estar ou de resolver e fico me questionando os tão famosos porquês das pessoas sentirem tamanha dificuldade em aceitar as escolhas dos outros. Ouço constantemente que a finalidade de qualquer tipo de relação é manter a harmonia, aceitar o outro como ele é. Até aí, lindo, mas quando estamos lá, no campo de batalha, quando estamos sentindo nossas emoções e  sentimentos fluírem e percebemos o fluxo de sangue correndo em nossas veias, realmente aceitamos as escolhas dos outros? Compreendemos que o outro tem suas próprias vontades e necessidades? Temos resignação e aceitação pelas coisas que na verdade não nos favorecem?
O outro se difere de nós em tudo, mas fundamentalmente em suas escolhas, mas nós não aceitamos isso com naturalidade, tentamos justificar e argumentar, até mesmo porque acreditamos que tudo nesse mundo pode ser resolvido dessa forma, mas nessa hora, nesse momento específico, essa não é uma situação que necessita nem de justificativa e nem de argumentação. Escolher vai de acordo com os argumentos e justificativas internas de cada um, o que não obriga o outro a compreender isso e nem levar em consideração o que tão insistentemente queremos dizer, argumentar ou explicar.
As escolhas que não dependem de nós em sua maioria fogem do que chamamos de lógico e racional, ainda mais quando também não atendem nossos próprios desejos ou os desejos de uma segunda pessoa, mas por que não deixar de ficar tentando convencer o outro do que é melhor e do que é pior e simplesmente aceitar?!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Querer




Como eu gostaria simplesmente de poder retribuir pelo menos na mesma altura o que me é dedicado...
Nessas horas penso com bastante frieza nas verdades ditas no  texto "Crônica de Amor - Arnaldo Jabor" concluo ser bastante coerente.
Gostaria eu de gostar de quem gosta de mim, as coisas realmente seriam muito mais fáceis, viveríamos sempre bem, teríamos a recíproca dos sentimentos bem elaborados e compartilhados, não sentiríamos que um gosta mais, ou que gosta menos... Somente estaríamos em harmonia para desfrutar do sentimento que parece muito mais do que bom, o amor.
Caso fosse possível escolher de quem gostar, ou melhor que isso, para quem entregar esse tão frágil sentimento que é o amor, certamente teríamos bem menos problemas, pois não haveriam mais incompatibilidades, você que gosta de mim e eu que gosto de você. Bem simples...
Amor é uma complicação e ao mesmo tempo a simplicidade, tudo junto e misturado no peito de quem sente e de quem não sente também.
Queria eu somente essa vez poder simplificar de modo tranquilo esse sentimento. Só uma vez e só para isso...
A sensação de perceber o outro verdadeiramente interessado em você gera momentaneamente a sensação de supervalorização, mas depois o que resta? Nada, você simplesmente se sente impotente por não conseguir retribuir nem com o maior esforço do mundo, uma pequena parte que lhe é dispensada, isso porque quem ama, ama espontaneamente, ama pelo bem estar que o outro causa em si, pela necessidade de partilhar algo novo e bom, pela transformação causada naquela união, que muitas vezes é momentânea, mas que vale horas a fio de conversa e de boas risadas.
Queria verdadeiramente conseguir gostar de quem gosta de mim, certamente eu seria muito mais feliz... Mas o amor infelizmente não nos permite isso, acontece quando você menos espera, porque se estiver esperando ele não vem...
Queria eu na minha simples ignorância pelo menos uma vez gostar de quem gosta de mim e sentir o coração vibrar por receber uma mensagem logo no começo do dia, esperar ansiosamente o telefone tocar, contar as horas minutos e segundos pra encontrar-me com ele, queria sentir as mãos suarem ao seu toque, gostaria de me perder nos beijos e abraços e passar horas a fio como se tivesse passado um minutinho...
Seria eternamente mais fácil, mas infelizmente eu não consigo explicar essa sensação que só não acontece!