domingo, 28 de agosto de 2011

Divagações 3



Mais uma vez a vida me leva a outros rumos... Fico imaginando a situação que vivo hoje, tudo parece tão comum e tão cômodo. Às vezes sinto que a possibilidade de uma dessas coisas mudarem é quase que fora de lógica ou até mesmo impensáveis, mas ainda assim, sei que essa hora vai chegar.
Ainda há pouco tempo atrás me referi à minha vontade de fazer com que determinadas coisas aconteçam como “a cartada do destino”.
Engraçado que me perguntaram se eu tenho coragem de pular no poço, se tenho coragem de me arriscar por determinadas coisas e até mesmo por determinadas pessoas... Talvez a resposta imediata eu não possa dar, mas posso garantir que tenho grandes habilidades para criar situações onde todas essas coisas possam ser colocadas à prova. Garanto que em momento algum eu me arrependerei do que eu mesma posso criar, pois esse é o território que eu conheço. Eis que a pergunta que eu faço nesse momento é muito simples: “até onde você pode ir?”; “o que você é capaz de fazer?”; “até onde você acredita que isso vale a pena?”; “você teria coragem de pular no poço?”.
Desculpem-me, mas a frase “que seja eterno enquanto dure” pode ser rima perfeita para as músicas de pagode que muitos ouvem pra tentar acreditar que uma coisa que não vai nunca dar futuro vale a pena. Infelizmente eu não acredito nisso! A frase “que seja eterno enquanto dure” quer dizer que seja lá o que for que acabou de nascer, já nasceu morto... Falta somente coragem pra finalizar, coragem pra dizer que isso não vai dar certo, então, por falta de coragem a gente espera a cartada do destino, assim como eu esperei, ou seja, eu crio o meu próprio final. Não pense que eu não assumiria meus compromissos pré-estabelecidos, mas antes de assumir qualquer coisa eu preciso de um motivo, e infelizmente, motivo foi o que eu nunca tive para assumir qualquer coisa. Talvez muitos digam que eu sou egoísta, é, talvez eu seja mesmo, mas ainda não encontrei razões que me façam pensar em alguém que não pensa em mim...
Hoje venho dizer através dessas curtas ou talvez longas linhas que minha cartada do destino foi jogada. Por enquanto não posso dizer quais os estragos que ela causará, não posso dizer quantas pessoas ela afetará. O que posso dizer é que, o que eu conquistei estará comigo para toda a vida, mas para aqueles que ficaram esperando o melhor momento para ser, o melhor momento para fazer, o melhor momento para escolher fazer parte, para esses chega ao fim a grande jornada, porque eu não tenho o hábito de blefar, eu só jogo pra ganhar.
Quero que fique claro que aprendi muito, que descobri muito de mim durante todo esse tempo, mas nunca vou esquecer a maior e talvez a melhor frase que eu ouvi: “Sabe Rafa, todos nós caminhamos para a evolução, isso é inevitável, não se contente com a ignorância, não se deixe levar pelo caminho mais fácil, trabalhe sempre com dignidade e uma coisa importante, se permita sentir, se permita gostar, se permita amar”.
Talvez eu não tenha me permitido tanto quanto eu gostaria, mas posso dizer que mesmo assim venho aprendendo muito, aprendendo numa escola que jamais outros poderão estudar no mesmo nível que eu, pois esta escola é a escola da minha própria vida.
Queria de verdade escrever um texto onde eu dissesse que hoje tenho pra quem voltar, que tenho raízes em alguém lugar e que um colo quentinho me espera. Mas isso não é verdade, esse texto é a primeira parte de uma série inteira de possíveis lamentações, com inúmeras esperanças nascendo, posso dizer que este seja o primeiro texto que elucide o momento exato onde dois caminhos se separam.
Não posso dizer que isso me deixa feliz, mas não posso dizer que eu não tenha procurado isso.
À Sueli, minha querida amiga, todo o meu amor, gratidão por sempre ter estado ao meu lado, por sempre me mostrar como a vida nos mostra caminhos diferentes, mas sempre reafirmando que amores pré-concebidos jamais poderão morrer. Aos meus pais, que mesmo diante de toda minha rebeldia, estiveram ali presentes, me deixando ser sempre eu mesma mesmo com todas as excentricidades e a mim mesma por nunca perder a vontade de conquistar o mundo, por nunca perder o entusiasmo de ir ao infinito e além, de sempre acreditar que por pior que seja a situação ela sempre vai ser um reflexo de algo que eu tenha feito anteriormente.
Fecho esse texto com o coração aberto e com uma felicidade que não cabe dentro de mim, pois sei que realmente posso mais, sei que minha bateria é infinitamente durável e que meu dispositivo é realmente nuclear...


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