segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

... Amor

O que é fazer parte da vida de alguém?
Muitas pessoas fazem parte de nossas vidas, participam, sugerem, às vezes até mostram como se faz, mas existe aquela... Aquela que é especial, aquela que esperamos... E não esperamos com a ânsia de encontrar, não, mas sim com a certeza de que vai chegar. Mais cedo ou mais tarde vai chegar.
Nós deixamos que pessoas façam parte de nosso círculo de amigos, de companheiros de trabalho, parceiros ou companheiros até de conversa, mas existe uma pessoa... Só uma pessoa que consegue reunir todas essas parcerias e companhias numa só...
O objetivo maior de nossas vidas é ter com quem dividir, alguém em quem você realmente se sinta à vontade para confiar; alguém que possa te dar colo de vez em quando, mas que seja firme pra te puxar as orelha; alguém que pelo simples fato de estar com você faça o seu mundo parar de girar...
Buscamos simplesmente encontrar o sentimento precioso que é o amor, mas não qualquer amor... O amor calmo, brando, que não vem pra destruir aquilo em que coloca a mão; que não vem pra aprisionar, nem pra maltratar; que não vem pra possuir. Um amor simples, calmo, singelo, tranqüilo, que nos faça sentir a suavidade simplesmente pelo toque, no beijo, que te faça voar sem tirar os pés do chão... Um amor puro, livre, não só livre do mundo em si, mas livre dentro de nós mesmos...
Às vezes fico me perguntando por que nós sentimos tanta resistência em nos doar para o amor? Há pouco tempo atrás descobri uma resposta que não sei se serve para a maior parte das pessoas, mas pelo menos se aplica a mim.
Temos medo de amar por estarmos tão presos dentro de nós mesmos e com o olhar tão voltado para nossa própria individualidade (massageando o ego), que nos esquecemos de olhar o outro, e nos raros momentos que o fazemos, deixamos claras as críticas que temos a seu respeito... Quase que colocando assim: “Ah, é bom, mas...” Acho que depois do MAS nem precisa dizer mais nada, não é?!
Amar é aceitar o outro integralmente, é jamais querer mudar nada que tem nele ou nela, é conseguir olhar o conjunto da obra e se lembrar como o artista foi perfeito na criação. E se ELE o fez desse jeito quem sou eu pra mudar... É acreditar que todos aqueles defeitinhos básicos que estou vendo ali, só são realçados em meus olhos porque eu consigo enxergar melhor aquilo que é meu também... Amar o outro é amar a sua totalidade...
E só garanto uma coisa: as mudanças só acontecem quando vem de dentro pra fora, ninguém muda ninguém. Só eu tenho o controle e a vontade maior para mudar, ou melhorar algo que existe em mim!

Um comentário:

  1. Quando nos abrimos para a vida, quando deixamos cair as barreiras internas, quando fazemos a nossa luz brilhar, o amor acontece... e aí nos sentimos integralizados com a Vida Maior.

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