terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Do que o amor se alimenta?


Essa é uma pergunta que parece difícil.
Se formos analisar, a princípio sim, principalmente nos pegando desprevenidos.
Mas, quando paramos um pouquinho pra pensar, logo vem a resposta mais do que óbvia...
O que alimenta o amor é a presença. A simples presença do outro.
Estar presente tem entre tantos outros significados: estar com; encontrar-se; achar-se em determinado estado ou situação; estar para; ou estar por.
Em nenhum momento o dicionário impõe que estar presente é estar colado, grudado, asfixiado, mas é se manter presente, é fazer parte de algo, estar para algo, estar por alguma coisa e/ou alguém.
Quando amamos geralmente queremos ficar perto, queremos ter contato, olhar nos olhos, ouvir a voz, sentir aquele abraço gostoso, o beijo, o toque, enfim tudo que transporte pra perto de nós o ser amado.
Todos esses gestos são absolutamente compreensíveis tendo em vista que eles simplesmente alimentam o amor.
O amor é uma planta delicada, muito frágil, que necessita de muitos cuidados, necessita do melhor adubo que se pode existir: “o estar presente”. O que seria de uma planta se ela pegasse sol o dia todo, ou se não a regassem, ou se nem sequer se preocupassem com ela? Com toda certeza, nem precisa ser botânico pra dizer que ela morreria...
Assim é o amor... Necessita de cuidados, de estar presente, de acompanhamento. Certamente se for bem cuidado, bem tratado, renderá uma árvore frondosa e de bons frutos, mas caso contrário, que garantias posso dar?
Se uma planta que não expressa sentimentos, que não se move, que não fala, é difícil de cuidar, imagina do amor que além de ser totalmente o oposto e com características individuais únicas, ainda é delicadamente precioso e tão  frágil, podendo se quebrar?
Estar presente na vida de quem amamos pode se expressar de várias maneiras. Ninguém em nenhum momento disse que você precisa virar o “apêndice” de seu amor. Simplesmente deixe claro que você realmente está ali, que cuida, que se faz presente, mesmo que não seja fisicamente, que realmente se importa com o que acontece, que a presença do outro é importante pra você. Estar presente na vida do outro ou alimentar o amor, nada mais é do que fazer com que o outro seja tão especial pra você, assim como você é pra ele.
Não se pede muito, nem se pede o impossível, mas sim o que é possível e esperado...
Quando der pra regar minha planta eu volto...
Até lá pode ser que ela já tenha secado!

Um comentário:

  1. Também acho que a presença é fundamental. Não se pode perder o objeto amado de vista. Como dizem por aí: a fila anda. Ou aquela mais antiga: è o olho do dono que engorda a boiada.

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