segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Amor, esse irracional...

Hoje, cheguei mais cedo do serviço em função de coisas pra terminar, e fuçando em antigos arquivos encontrei uma poesia que uma amiga, que hoje nem mora mais aqui perto, me enviou: “Crônica de Amor, do Arnaldo Jabor”; não vou postá-la, mas recomendo a leitura...
Engraçado que se o amor fosse lógico as coisas se resolveriam tão facilmente... Quem não gostaria de se entregar de corpo e alma e saber que o ser amado te ama tanto quanto você a ele?
Acho que é o desejo de todos, ainda mais porque somos seres sociáveis e necessitamos de contato com o outro.
Fico imaginando se fosse possível escolher de quem gostar e a hora de gostar, olha que maravilha, não haveria enganos e todos seriam felizes!
Mas o que mais gosto de analisar nessa poesia é como seria verdadeiramente bom se nós conseguíssemos gostar somente de quem gosta da gente, de quem se dedica por nós, de quem praticamente move o mundo se for preciso, por nós... Como seria bom se pudéssemos realmente nos dedicar somente pra quem merece nossa atenção, pra quem realmente dá valor nos momentos que é possível permanecer juntos, e mais que isso, nos retribui em afeto, carinho e consideração...
Se as coisas pudessem ser lógicas dessa forma, com toda certeza teríamos milhares de pessoas mais felizes e bem menos pessoas nos consultório psiquiátricos e psicológicos, até mesmo porque já foi comprovado que a maior parte dos seres humanos sofre de amor!
E de verdade, esse é um mal muito sério, afinal quem nessa vida já não se “descabelou” pelo tempo que perdeu com um cretino? Quem nunca se arrependeu de ter deixado alguém ir embora? Quem nunca se arrependeu de ter saído da vida de alguém achando que estava fazendo um bom negócio?
Quem nunca colocou a cabeça no travesseiro e chegou à conclusão de que as coisas poderiam ter dado certo se tivesse se esforçado mais... Ou se tivesse se dedicado mais, ou se tivesse sido mais compreensivo...
Todas essas colocações são importantes, mesmo tardias, porque assim aprendemos a valorizar o que o outro tem de melhor.
O complicado é que enquanto não conseguimos remediar nada disso, vamos por aí, machucando as pessoas, muitas vezes desnecessariamente, e não há maior dor no mundo do que o momento que você se dá conta que realmente perdeu um grande amor, de tal forma que se torna impossível recuperar, afinal, muitas vezes nós transformamos nossa ausência em uma constante e o outro se acostuma a não nos ter por perto e consequentemente, vai se desligando e desligando também o vínculo que existia, até finalmente os dois se tornarem estranhos...

2 comentários:

  1. Amor correspondido é o sonho de consumo da maioria da população mundial, mas poucos conseguem tal luxo. Quando acontece de amar e ser amado, não se deve nem pensar na possibilidade de deixar passar.

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  2. É uma pena que algumas pessoas realmente deixem passar despercebida tal situação... Ainda mais por medo...

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